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CEIA recebeu Campeão do Mundo de Saltos de Obstáculos

Dermott Lenonn, o irlandês campeão do mundo de saltos de obstáculos entre 2002 e 2006 visitou o CEIA e não escondeu a surpresa pelas instalações que encontrou.

Dermott Lennon

Está pela primeira vez no CEIA, qual a sua opinião?

Estou muito surpreendido porque, na realidade, não esperava encontrar uma infraestrutura destas. Já estive em Portugal algumas vezes em concursos e fico muito contente por saber que agora há um picadeiro interior com estas condições, com um piso excelente, para além dos picadeiros exteriores e restantes instalações complementares. Neste momento penso que o CEIA dispõe de tudo para estar ao mais alto nível e espero poder vir aqui participar em alguma prova em breve.

Pensa que pelo facto de Portugal estar na periferia da Europa pode ser um handicap para fazer deslocar cavaleiros com mais frequência?

Realmente o facto de estarem um pouco afastados do centro da Europa, onde há muito mais acontecimentos é um problema para os cavaleiros pois demoram dois dias a chegar com os seus cavalos, mas ainda bem recentemente todos sabemos que os melhores estiveram no Estoril no Global Champions Tour, por isso e como em tudo na vida, é o dinheiro que fala mais alto. Se os prémios forem aliciantes, certamente as pessoas virão.

Qual a razão da sua vinda a Portugal?

Desta vez viemos ver uns cavalos que já tínhamos referenciados.

Considera que se trabalha bem a criação de cavalos em Portugal?

Sim. Em Portugal há muito bons criadores, pessoas que se dedicam à reprodução em bom nível e de onde saem animais muito interessantes e bons para trabalhar em alta competição. Muitas vezes passamos dias a ver animais e não aparece nada que nos cative. De repente e de onde menos se espera somos surpreendidos.
Como tinha uma aluna interessada em adquirir cavalos para competir, viemos ver e testar estes que já me tinham indicado.

Gostou do que encontrou?

Sim, muito, são duas boas éguas. Ter tido a possibilidade de as testar no CEIA, onde desfrutámos das melhores condições para as avaliar também foi muito bom. Agora falta “apenas” convencer quem vai investir.

O que muda na vida de quem é Campeão Mundial?

Na minha mudou basicamente o facto de, cada vez que entro numa pista, dizerem que sou Campeão Mundial, porque em mim não mudou mais nada e é algo em que nem penso muito.

Acresce responsabilidade?

Não considero que assim seja. Se fosse, deixaria de competir pois não teria o mesmo prazer. No hipismo não dependemos apenas de nós e a minha égua Liscalgot, magoou-se, teve que deixar de competir e os meus resultados ressentiram-se. Ainda assim continuo a trabalhar cavalos novos, o que é a minha paixão. Por isto, muitas vezes tenho que competir sem pensar muito nos resultados mas, ainda assim já consegui fazer 5º lugar nos mundiais e ganhar alguns Grandes Prémios, como foi o caso recente de Tweente (Holanda), o que considero fantástico.

Como é que encontrou a égua certa para ser campeão?

Tive sorte! Encontrei-a com 4 anos, esteve comigo durante 6 anos, até ter que parar por lesão. Neste momento está na Bélgica como reprodutora e já tirámos dela descendência que me permite voltar a pensar alto de novo.

Isso quer dizer que pensa de novo no Mundial?

Quando o ganhei não pensava que seria possível. Neste momento tenho consciência do trabalho que dá e das etapas que preciso ultrapassar até lá chegar mas estou focado nisso e a trabalhar muito, embora o sonho agora sejam os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

E o objectivo são medalhas?

Se achasse que não era possível chegar às medalhas preferia não ir. Sei que vai ser muito difícil mas tenho a vantagem de que o meu hobby é o meu trabalho e por isso é também a minha felicidade.

Fonte: CEIA
‹ voltar Noticia inserida a 16-07-2013 por CEIA - CENTRO EQUESTRE INTERNACIONAL DE ALFEIZERÃO, LDA.