Com sede no Concelho do Bombarral e propriedades neste Concelho e também nos do Cadaval, Alenquer e Torres Vedras, a Companhia Agrícola do Sanguinhal situa-se no coração de uma das mais antigas regiões vinhateiras do país, cuja origem se confunde com a da própria nacionalidade.
Efectivamente, em 1153, D. Afonso Henriques doou vastos domínios à Ordem de São Bernardo instalada no Mosteiro de Alcobaça, à qual pertencia o lugar do Bombarral, que na altura era apenas uma granja ou herdade.
Os monges de Cister introduziram a cultura da vinha na região, dando origem a uma tão importante actividade agrícola que se desenvolveu e consolidou até aos nossos dias, ocupando em toda a Estremadura uma área de cerca de oito mil hectares e produzindo anualmente cerca de 60 milhões de litros de vinho.
A Companhia Agrícola do Sanguinhal foi fundada nos anos vinte por Abel Pereira da Fonseca para administrar as propriedades que possuía na região do Bombarral.
Nessa época, a também sua Sociedade Comercial Abel Pereira da Fonseca detinha e explorava a maior rede de estabelecimentos de venda ao público no país - as lojas Val do Rio, com cerca de 100 lojas em Lisboa.
Em 1937, Abel Pereira da Fonseca vendeu a sua posição accionista naquela sociedade e transformou a Companhia Agrícola do Sanguinhal em sociedade por quotas detidas na totalidade pelo sócio fundador e seus filhos, pertencendo ainda hoje à mesma família.
A empresa dedicou-se desde sempre à produção e comércio de vinhos. Para o efeito, vinificava separadamente os vinhos das Quintas das Cerejeiras, do Sanguinhal e de São Francisco nas respectivas adegas, possuindo no conjunto uma capacidade em toneis e balseiros de madeira de carvalho e mogno da ordem dos dois milhões de litros, utilizados para a fermentação, armazenagem e envelhecimento de vinhos de mesa, vinhos licorosos e aguardentes.